1.O comentador O Raio ainda vive no tempo do “arroz de 15” ― quando o marxismo era o estalinismo. O marxismo já não é o estalinismo, a esquerda mudou e todavia continua a ser “a esquerda”! ― isto é, mudou na forma e não na sua essência totalitária. Ora, o estalinismo nunca foi exactamente o que Karl Marx preconizou: Lenine fez uma leitura possível do marxismo, assim como existem outras interpretações como o maoísmo, o trotskismo, o marxismo cultural e até o marxismo adoptado pela esquerda católica.
2.O combate de Engels contra a família e contra o casamento que, segundo ele, era o suporte da propriedade privada, é bastamente conhecido. Engels chegou ao ponto de considerar a família pré-histórica como a família ideal ― numa fúria ideológica de negação total de toda a História humana!. Se o Raio quiser, posso dar-lhe uma lista de livros para que O Raio comece saber um pouco daquilo que fala. O apoio da esquerda ao gayzismo insere-se nesse combate engeliano e marxista contra o casamento e contra a família natural: os marxistas não querem apoiar ou proteger os gays: querem destruir o casamento como um dos suportes da propriedade privada.
3.Atribuir a tendência totalitária actual a George Orwell não merece mais comentários.
4.A questão não é o de “a criança ser gozada pelos colegas”, porque se se operar uma lobotomia cultural através de uma feroz repressão “anti-bullying” e anti-natura nas escolas, as crianças "aprendem" a calar e a reprimir os seus pensamentos. O problema é a merda de educação que uma criança adoptada por uma dupla de gays pode ter, incluindo crises gravíssimas de identidade sexual na adolescência e tentativas de suicídio recorrentes.
5.Ignorar Sócrates quando o este pretende passar uma lei que permite a adopção de crianças por duplas de avantesmas? Até que ponto vai a contradição e a irracionalidade do Sr. O Raio no apoio ao PS de Sócrates?!
4 comentários:
Gostei deste texto.
Por favor, continue.
Não "largue" este tema!!!
Meu caro Orlando,
Eu acho que não fui agressivo. Fiquei foi um pouco chocado com o teu post e exprimi (sem ser ofensivo) esse choque. A isto chama-se democracia.
A esquerda mudou? Claro que mudou. Para já não existe esquerda, existem esquerdas! O BE, por exemplo, é muito diferente do PCP e ambos estão a uma distância gorda do MRPP. Quem não compreende isto não vai longe.
Quanto a Engels e ao casamento, recordo-te que, como muito bem dizes, a esquerda mudou...
O casamento está a perder importância (nota, o casamento, não a família). Actualmente parece que os únicos que defendem o casamento são os homossexuais. Os heterossexuais casam-se cada vez menos e por menos tempo.
E, ao contrário de Engels, com quem pareces concordar, o casamento, neste Século XXI, não tem nada a ver com a propriedade privada.
Aliás, quem a tem a sério casa-se normalmente com contratos pré-nupciais...
Eu não atribuo a tendência totalitária actual a George Orwell. O que eu digo é que a sociedade actual tem muito do 1984 e do Brave New World, nem mais.
A questão é a criança ser gozada pelos colegas. O homossexualismo parece ser inato e, não creio que possa ser transmitido pela educação.
O colega mais mariquinhas que tive, um colega que aos seis anos já se via à légua que era homossexual, era filho de um lavrador ribatejano muito másculo e os seus irmãos (tinha 3) não tinham nada, mesmo nada de homossexuais.
Não creio que seja grave um míudo ser educado por um casal homossexual. O que é grave é a relação dele com a sociedade em que vive, nomeadamente com os colegas.
Dizeres que eu apoio o PS de Sócrates toca as raias da... da... da... desculpa mas não encontro nenhuma palavra simpática para exprimir o que sinto sobre quem faz tal afirmação.
Sócrates não passa de um lacaio da União Europeia, tal como Manuela Ferreira Leite ou Paulo Portas, os dos partidos do eixo do poder.
Fazeres uma afirmação como a que fazes é não só ridícula como suspeita.
Quem é que na realidade defendes?
Um abraço (e não te zangues com a minha resposta)
Das duas uma: ou Vc é de esquerda, e inteligente, ou não é de esquerda e é parvo. Mas faço-lhe justiça dizendo que penso que (a julgar pelo relambório) Vc é inteligente.
Caro Orlando,
Obrigado pelo elogio...
Eu sempre me considerei de esquerda.
Mas uma esquerda anarquista demais para ser do PCP ou de qualquer outro partido de esquerda.
Só que actualmente isto começa a ser muito complicado pois grande parte da esquerda compete com a direita no disparate.
Cá em Portugal ainda se distingue uma pequena diferença, alguma esquerda é mais liberal do que alguma direita quanto aos costumes.
De qualquer forma, eu que não sou nem nunca fui crente, começo a ter muita dificuldade em abraçar muitas das crenças da esquerda actual, desde o aquecimento global (sorry, as alterações climáticas) até à luta titânica pelo casamento homossexual ou pelo direito à eutanásia.
Num Mundo tão perigoso como o actual há, de certeza, coisas mais importantes porque combater.
Mas, nunca me senti tão contente por não ser americano. É que se o fosse, não sabia em quem votar. No demagogo do Obama não seria com certeza.
Mas no McCain? Com um vice como a adorável Sarah Palin?
Seria um sapo muito difícil de engolir.
Como vês, não é possível responder à tua pergunta. Sou de esquerda? Sei lá, sou mas é anarquista...
Um abraço
Enviar um comentário